quarta-feira, maio 20, 2015

Um polícia sem cabeça é sempre o pior dos cidadãos

Exactamente o que um polícia, principalmente um graduado, nunca, em qualquer situação, pode fazer: "perder a cabeça". Se se sentiu ofendido, e admito isso tenha acontecido, restava-lhe identificar o cidadão, levá-lo para a esquadra e, depois, apresentá-lo a um juiz sob a alegação de desobediência e ofensas à autoridade. Não o tendo feito e tendo actuado da forma que conhecemos, o subcomissário Filipe Silva prova que não está preparado (ou foi mal preparado, o que é pior pois envolve toda a corporação a que pertence) para as funções que desempenha e é um péssimo profissional. Até admito possa continuar na PSP depois de cumprir castigo adequado, mas em funções de "back office", administrativas, nunca em situações de manutenção da ordem pública ou que impliquem contactos com o cidadão, até porque perdeu toda e qualquer autoridade e legitimidade. E a sua progressão na carreira, na PSP, a bem de todos nós, deve ficar-se por aqui. Envergonhou o país e a instituição a que pertence. Que tal retratar-se publicamente e pedir desculpa a José Magalhães e seus filhos?
E que tal a PSP, a sua direcção e a tutela, também pedirem desculpas públicas por este comportamento "abaixo de cão"?
Nota: Infelizmente, não foi só a reacção tardia da ministra Anabela Rodrigues que foi vergonhosa (um polícia agredir selvática e desproporcionadamente um cidadão não é um julgamento na praça pública?). Mostrando que já cheira a poder e sentindo que talvez possa ter um lugar de ministro da Administração Interna à sua espera, igualmente vergonhosa foi a reacção do ex-ministro socialista Rui Pereira. Por contraste, o ex-ministro Miguel Macedo, talvez pelo facto da sua carreira política ter terminado - mas não quero estar a ser injusto - produziu declarações bem mais equilibradas.

Sem comentários: