terça-feira, maio 19, 2015

PSP e segurança no futebol: e se perguntassem aos ingleses?

Não sou especialista em segurança e posso mesmo dizer sou um quase total ignorante do assunto. Mas, felizmente, tenho assistido a alguns jogos de futebol no estrangeiro, principalmente em Inglaterra, na sua maioria jogos das competições nacionais, e não me lembro de alguma vez ter visto as respectivas forças de segurança virem para os "media", na véspera dos grandes jogos, exibirem-se, numa total manifestação de poder gratuito, falando de jogo de "alto risco", do número de agentes destacados, das medidas adoptadas e assim sucessivamente, numa atitude que me parece não ter qualquer outro intuito para além da auto-promoção, propaganda e criação de um ambiente provocatório e intimidatório. Aliás, não me lembro das forças de segurança de outros países recorrerem, nos tempos mais recentes, àquelas chamadas caixas de segurança com que enquadram as claques no caminho para os estádios. Na minha opinião de leigo, o modo como a PSP comunica nas vésperas dos grandes jogos, começando pela classificação atribuída de "alto risco", e também a criação tas tais "caixas de segurança", acaba ele mesmo por estar na raiz e contribuir para a criação do ambiente de violência nos dias dos jogos, potenciando-o. 

Como é evidente, não estou com estas minhas afirmações a tentar branquear os actos de vandalismo tantas vezes verificados, ou sequer a atribuir à PSP a responsabilidade pelos mesmos. Mas talvez não fosse má ideia os responsáveis das polícias, incluindo actual ministra e ex-ministro (estou a falar das mais do que infelizes declarações de Anabela Rodrigues e Rui Pereira), tentarem saber junto dos seus colegas britânicos como conseguiram erradicar o fenómeno do "hooliganismo". É que não é mesmo preciso inventar a roda.

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