quinta-feira, fevereiro 26, 2015

Costa, Alfredo Barroso e a social-democracia no seu labirinto

Estas afirmações de António Costa talvez não sejam mais do que um "fait divers" criador de um "soundbite" tão do agrado mediático, e a tal "gota de água" que fez transbordar o copo de Alfredo Barroso, levando-o à demissão. Mas sendo-o, não se podem reduzir a tal: são acontecimentos que revelam uma dificuldade e um mal estar bem mais profundos e estruturais, que se vêm arrastando há longos anos e que resultam da incapacidade da social-democracia europeia em se afirmar como alternativa à ideologia e práticas políticas e económicas dominantes. Este é de facto o verdadeiro problema, a parte submersa do "iceberg" que impede a social-democracia de se constituir num projecto político mobilizador, perdendo-se no labirinto que a queda do "Muro de Berlim", o fim da "Guerra Fria", a unificação alemã e o Reaganismo e Thatcherismo souberam construir. 

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