quarta-feira, janeiro 16, 2013

José Manuel Fernandes tenta comprar lã mas sai tosquiado

Tentando provar que em Portugal se gasta demasiado em educação com resultados medíocres, José Manuel Fernandes faz publicar hoje no "Blasfémias", sem quaisquer comentários, o "mapping" que acima reproduzo. Deixando de lado, por comodidade de raciocínio, embora esteja longe de ser irrelevante, o ponto de partida de cada país (Portugal no início do século XX tinha cerca de 85% de analfabetos), a condição socio-económica, muito diferente em cada país, e a evolução nos últimos anos (estamos perante uma análise estática), coisas determinantes mas pelas quais JMF passa como "cão por vinha vindimada" apenas porque tal não convém à tese que pretende demonstrar, saliento o seguinte: não sendo, com certeza, objectivo para o país passar para o quadrante "despesa reduzida com maus resultados", sendo o salto para o quadrante "despesa reduzida com bons resultados" um passo demasiado grande no curto-prazo, portanto impossível de realizar, cabe a Portugal fazer um esforço para conseguir "saltar" para o quadrante "despesa elevada com bons resultados", aquele que mais parece ao alcance do país, aumentando assim, por via da melhoria dos resultados conseguidos, a eficácia do seu investimento nesta área. Ora não só não me parece seja essa a política actualmente prosseguida pelo ministro Nuno Crato - e que JMF defende - como é fácil concluir, olhando para o passado recente, que terão sido, em termos gerais, as políticas e reformas tentadas e/ou implementadas no consulado de Maria de Lurdes Rodrigues as mais adequadas para que o país conseguisse dar esse salto. Infelizmente, por cedência ao conservadorismo sindical, foram interrompidas demasiado cedo e agora abandonadas e, em certos casos, revertidas por este governo.

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