sexta-feira, novembro 09, 2012

Isabel Jonet e o seu "negócio"

Ao defender o "empobrecimento" e ao atacar o Estado Social, Isabel Jonet está "apenas" a fazer o que qualquer accionista ou gestor de empresa privada faria: a defender e a tentar fortalecer o seu "negócio", a sua actividade, mesmo que, neste caso, sem imediatos intuitos lucrativos. É que se a economia e o Estado Social conseguirem cumprir com todas as suas funções e não existirem portugueses pobres ou estes se tornarem numa minoria irrelevante, instituições como o Banco Alimentar Contra a Fome extinguem-se, uma vez que a ausência de "mercado" tornaria desnecessária a existência de instituições com  semelhante "objecto social". O que Isabel Jonet tem feito, mesmo que sub-conscientemente, com as suas mais do que infelizes declarações é precisamente tentar fazer crescer o seu "source of business", essencial para o desenvolvimento da instituição a que preside e, consequentemente, para o crescimento do poder político e social da sua directora, que neles se baseia. No fundo, Isabel Jonet limita-se a prosseguir ferozmente os seus interesses, deixando a nu quais as intenções que, em última análise, a movem na sua actividade. Estamos pois perante uma verdade ferozmente nua, embora coberta por um muito pouco diáfano manto de solidariedade, em vez de fantasia...

2 comentários:

ié-ié disse...

Já se contam "histórias" deste "negócio" de Isabel Jonet no Facebook, vá-se lá saber se com verdade. Uma delas vou tirar a limpo em breve: a de que o Banco Alimentar recusou no ano passado a ajudar da agência Lusa. Vou tentar saber pormenores.

Mas há outras "histórias", como a das Misericórdias receberem a ajuda e depois venderem a refeição a utentes... Há alguém que testemunha isto.

Mas, como sabes, JC, eu já tinha cortado com a senhora quando, no anterior governo, utilizou o BA como instrumento de luta partidária.

Agora prefiro dar a outras instituições.

LPA

JC disse...

Quando falo em negócio e ponho a palavra entre aspas, estou a falar em sentido figurado, claro. Não estou a sugerir exista algo menos legal ou ilegítimo. Mas por causa das afirmações da senhora já tinha deixado de colaborar na mesma altura que o fizeste.