quarta-feira, março 21, 2012

A execução orçamental e as explicações de Miguel Frasquilho

Não sei se as explicações de Miguel Frasquilho referentes à execução orçamental dos dois primeiros meses do ano correspondem ou não à realidade. Mas o facto é que me parecem fazer sentido, o que nestas coisas é sempre meio caminho andado para que lhe possamos conceder, pelo menos desta vez, o benefício da dúvida. Até ver...

Mas fica-me uma outra dúvida: porque se comparam apenas os valores "reais" de Janeiro e Fevereiro de 2012 com os valores "reais" de igual período do ano passado e não, e também, o "executado" dos primeiros dois meses deste ano com os valores orçamentados para o mesmo período? Tal não nos daria uma ideia bem mais clara da consonância ente o "real" e o "estimado" permitindo que o governo anunciasse como corrigir, nos meses seguintes, eventuais desvios existentes?

Bom... nas empresas é assim que se faz, o que torna tudo bem mais transparente e eficaz. O Estado não procede assim?

4 comentários:

Tiago disse...

Pois também me parece que será correcto e pedagógico fazer a comparação entre real e estimado, para análise, avaliação e eventuais correcções.

Mas claro que o senhor não é o Estado e portanto, fará o seu trabalho segundo a sua perspectiva.

ab

JC disse...

Mas esses nºs deveriam existir e estar disponíveis. Se não para todos,o que seria o normal num país democrático, pelo menos para os deputados, aos quais o governo reporta e tem de dar explicações sobre a governação.

Tiago disse...

Pois claro, não é a primeira vez que mencionas a necessidade de ter dados claros, comparáveis e objecto de análise de forma objectiva. Mas a prática institucional é sempre recorrer a análises superficiais e parcelar de uma realidade governativa.
Faltam mesmo indicadores objectivos macro, assentes em objectivos estratégicos claros e democraticamente definidos.
Mas essa falha talvez de deva à ausência nos planos curriculares de escolas e universidades da importãncia destas matérias, não fomos educados a pensar desta forma, e de uma falta de experiência em gestão corporativa da maioria dos nossos parlamentares.
E como parece que ninguém se importa com este divagar parlamentar seguimos desta forma...

JC disse...

"uma falta de experiência em gestão corporativa da maioria dos nossos parlamentares". Acho que é aqui que bate o ponto...