sexta-feira, janeiro 27, 2012

Em defesa do feriado de 24 de Julho

Uma das provas em como os feriados comemorativos contribuem para manter viva a História e potenciam a sua divulgação nos "media" está no esquecimento a que foi remetido o 24 de Julho de 1833, data essencial que assinala a entrada em Lisboa do exército liberal e a derrota do absolutismo monárquico, marcando, assim, aquilo que se poderia considerar o início do Portugal moderno, democrático e livre (embora com as limitações da época, evidentemente). Em contraste com o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro, ambos objecto de estudo de muitos historiadores (principalmente o primeiro, que por ocasião dos seus 100 anos teve mesmo direito a obras de ficção) e de divulgação mediática, o que só pode ser louvável e permite a conhecimento da História de Portugal por um número cada vez mais vasto de portugueses, o 24 de Julho encontra-se limitado ao nome de uma Avenida de Lisboa, mais conhecida como local de diversão (nada contra, também a frequentei) do que pelo significado histórico da data. E se alguma data histórica merecia ser devidamente comemorada e divulgada seria esta, em vez de um 10 de Junho sem valor histórico relevante.

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