terça-feira, maio 17, 2011

(A propósito de DSK) Histórias simples (ou nem tanto assim) de sexo e sedução...

Como já disse, não sei se Dominique Strauss-Kahn é ou não culpado dos crimes de que é acusado e só tribunal competente poderá decidir tal coisa em função das provas e testemunhos apresentados. Mais: para se julgar da sua culpabilidade ou inocência, e conforme já afirmei em resposta ao comentário de um leitor, o facto de ser conhecido pela sua fama de "mulherengo" e já ter estado envolvido em casos de assédio sexual nada prova no caso presente, até porque assédio sexual, por muito que seja condenável, é uma coisa e violação ou tentativa de violação são coisas muito diferentes e bem mais gravosas.

Tendo dito isto, imagine agora que está num hotel com colegas de trabalho e um(a) dela(e)s trata de se introduzir no seu quarto, seduzindo-o(a)? Ou que, a meio da noite, lhe telefona para, sob um qualquer pretexto ou mesmo com convite explícito, se encontrarem num dos quartos? Outro exemplo: está muito bem em casa e alguém que não conhece telefona-lhe combinando um "blind date" tendo como objectivo, mais ou menos explícito, o sexo. Ou que, no seu local de trabalho, um(a) colega o(a) convida insistentemente para sair com objectivo idêntico? Não chega? Está num hotel de luxo, fora do seu país, vai a sair do seu quarto, situado num dos muitos andares do edifício, e alguém no corredor lhe pergunta se aceita companhia. Exagero? A quem nunca aconteceu?

Agora imagine que, num desses casos, você aceitou a sedução ou a oferta de sexo e, quando tudo parece estar a correr no melhor dos mundos, o (a) seu (sua) parceiro(a), de repente, por qualquer razão, premeditada ou não, se arrepende, começa a debater-se, a dizer que "não quer" e, eventualmente, acaba a acusá-lo(a) de tentativa de violação?

Enfim, concluirá que o mais sensato seria nunca ter aceite, mas quando chegar a essa conclusão talvez já seja tarde, esteja metido(a) num enorme sarilho e esteja ultrapassado o prazo para arrependimentos. End game.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem visto JC.

A acreditar no que os meios de comunicação divulgam, DSK encontra-se formalmente suspeito de violação na forma tentada, ou seja, não consumada.

Assim sendo, DSK não preenche o perfil normal do típico predador, que acaba, em regra, por consumar os seus instintos pelo uso da força, contando geralmente com um rasto histórico de idênticas agressões.

Aliás, um indivíduo com o poder de DSK, um dos homens mais poderosos do mundo, em teoria não precisaria de usar a força para obter um fugaz momento de prazer. Para muitos(as)"o poder é o maior afrodisíaco" e ser-se mulherengo é muito diferente de um violador.

Uma coisa é segura, Sarkozy, muito conhecido por ser um aliado fiel de Washigton, ao contrário dos seus predecessores no Eliseu, com o seu governo atolado em escândalos e amplamente derrotado nas recentes eleições regionais, pode agora vislumbrar a complicada reeleição
um pouco mais realizável.

Que haja relação entre uma coisa e outra?
Que ideia, então os serviços secretos são lá capazes de montar armadilhas, descredibilizar adversários, inventar estórias e lendas!
Isso é pura maledicência !

JR

JC disse...

Não vou tão longe... Mas não é por acaso ou de forma arbitrária que cito os casos que estão no "post".