sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Desta vez a PSP até consegue ter razão...

Esta notícia põe, de facto, o dedo na ferida (ou nas feridas) de um dos problemas mais inexplicáveis deste país:

  • O facto de uma boa parte da legislação não ser aplicada.
  • O facto de não se entender muito bem (nem muito mal) como umas dezenas ou centenas destes energúmenos não são efectivamente impedidos de frequentar os estádios, o que seria uma medida (parece-me) muito fácil de aplicar.

Inglaterra teve um muito mais sério problema de “hooliganismo” nos anos 80 e 90. Resolveu-o e hoje o futebol é um espectáculo para famílias. Sendo os jogos mais importantes da Premiership transmitidos para Portugal, digam-me se já alguém assistiu a cenas como a aqui descrita.

Claro que também me parece que a PSP terá alguma responsabilidade no assunto, já que aquelas manifestações de fanfarronice e exibição gratuita de poder nas televisões na véspera dos jogos que ela própria classifica como de “alto risco” me parecem completamente despropositadas e contraproducentes. Parecem-se sempre mais com más acções de relações públicas do que com informação com qualquer intuito dissuasor. O mesmo devo dizer do modo como são permitidos os “ajuntamentos” das claques e a sua condução aos estádios, algo a que nunca assisti em Inglaterra, por exemplo, onde inclusivamente aquelas mega-bandeiras e tarjas estão proibidas. Se o sistema utilizado é este há muitos anos, sem resultados práticos, já deveria ter sido modificado, ou não será assim? Mas tem razão a PSP ao perguntar porque não é a legislação aplicada.

Por último: este é um caso paradigmático de que não é necessário inventar a roda. Basta ver como se fez em Inglaterra (e não só) e copiar, adaptando. Assim haja vontade política.

1 comentário:

Anónimo disse...

A cena e que as claques sao bracos armados dos clubes. E meta-se la o politico com os futeboleiros. Tiveessem-nos no sitio e nunca teria havido uma homenagem na assembleia da republica a um presidente de um clube que so nao foi preso devido a um erro processual.