domingo, dezembro 12, 2010

Subsídio-extra ou estádios de futebol? E porque não eliminar ambos?

A jornalista São José Almeida, no “Público” de ontem, a propósito da decisão do governo regional dos Açores sobre o subsídio extraordinário à Função Pública:

“ Pelos vistos, não doeu muito. Apenas foi preciso decidir que o Orçamento do Estado regional açoreano desviava parcialmente verbas do subsídio de seis milhões de euros que ia dar para a construção de dois estádios de futebol privados”.

O comentário que faço é o seguinte: se foi possível deixar de subsidiar a construção dos tais estádios de futebol, isso significa que não se estava perante um projecto urgente e que, em tempo de crise, ele poderia ser adiado, sem prejuízo significativo, para ocasião posterior. Por isso mesmo, não seria possível, em quaisquer circunstâncias, poupar esse dinheiro e, simultaneamente, evitar conceder o subsídio extraordinário dos funcionários públicos açoreanos, assim diminuindo ainda mais a despesa e contribuindo para a coesão nacional e para a necessária solidadriedade institucional com o governo do partido a que Carlos César pertence?

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro JC

O meu comentário é mais simples:
Andam a brincar com o meu (nosso) dinheiro.
Há muito tempo.

Cumprimento

JC disse...

Antes a geri-lo mal, talvez.

Anónimo disse...

Geri-lo mal, sim. Se se tratasse de acontecimento episódico, em que por pontual incompetência de gestão o mesmo (dinheiro) fosse mal gerido. Infelizmente pelo que se constata desde há vários anos a esta parte não se trata apenas de má gestão, mas de "assalto sem vergonha" ao bolso do contribuinte.
Que inveja dos europeus do norte. Aí sim, ai de quem se atreva a gerir mal o dinheiro dos contribuintes.