segunda-feira, dezembro 06, 2010

De Sócrates a César, ou da filosofia ao império

Como se já não bastassem as contradições manifestadas em recentes declarações públicas de muitos ministros e o silêncio comprometedor de alguns outros que que deveriam ter falado, contribuiu mais para o enfraquecimento e descrédito do actual governo e do primeiro-ministro José Sócrates a decisão do socialista Carlos César quanto à compensação dos funcionários públicos açoreanos do que os tão propalados e exagerados três milhões de grevistas do passado dia 24, ou a actividade da oposição durante as últimas semanas. Razão tinha Churchill ao afirmar que os inimigos estão sempre dentro do próprio partido e os outros nada mais são do que simples adversários políticos.

Pois é, caro primeiro-ministro: não se pode esquecer que se Sócrates é nome de filósofo da Antiguidade, César transporta consigo a memória dos respectivos imperadores e, com ela, a ambição de dirigentes futuros.

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