quarta-feira, novembro 17, 2010

Candidatura ibérica e anti-castelhanismo

Se perduram ainda exemplos de anti-castelhanismo primário (existirá outro?) ele poderá ser encontrado nos comentários de alguma imprensa a propósito da candidatura ibérica ao Mundial de futebol focando a – soit disant – subalternidade de Portugal por contribuir apenas com duas cidades, dois ou três estádios (ainda não percebi se Alvalade está ou não incluído) e, no que diz respeito ao jogos mais importantes, se ficar por uma meia-final e jogo para o 3º/4º lugar. Claro que talvez ainda não tenham percebido bem a diferença entre o poderio e a dimensão dos dois países, das cidades candidatas (Lisboa deve ser a 5ª ou 6ª cidade da Península), o facto de Espanha ser um estado plurinacional (o que tem evidentes implicações na distribuição geográfica dos jogos) e, por último mas não menos importante, a comparação entre os currícula desportivos dos dois países, mormente no futebol. Talvez, em primeiro lugar e antes de dizerem disparates, também não fosse má ideia perguntarem se Portugal alguma vez poderia pensar em organizar um Mundial sem ser em parceria com Espanha. Enfim...

Por mim, as preocupações são bem outras e centram-se nos investimentos eventualmente necessários e no seu retorno. Mas os estádios estão construídos e espero o Euro 2004 tenha constituído lição suficiente.

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