domingo, agosto 22, 2010

Fecho de escolas à "vol d'oiseau"

Na vida dos negócios e das empresas, normalmente a primeira abordagem a um novo projecto ou ideia que nos são apresentados é feita no sentido de verificar se o que nos é proposto “faz sentido”; se no seu racional, na sua correspondência com o ambiente externo e interno, no modo com aborda os problemas, nas soluções propostas e na adequação da estratégia e acções apresentadas aos objectivos em vista (e nos próprios objectivos em si mesmos), etc, etc, tudo parece consistente e não contraditório, nada fere a lógica. Se isso acontece, numa primeira e rápida análise muitas vezes efectuada “à vol d’oiseau”, confiamos que o projecto ou ideia merecem que se gaste algum tempo com ele, partindo-se então para uma sua análise mais profunda e detalhada. De modo mais ou menos formal, é assim que as coisas se passam.



Embora sendo parcos os meus conhecimentos de organização e gestão escolar, de pedagogia e acção educativa, o que essa tal lógica me leva a concluir do projecto que prevê o fecho de escolas com menos de vinte alunos é que, analisadas as questões que acima referi, no seu todo ele “faz bastante sentido”, merecendo por isso que se passe ao patamar seguinte do seu desenvolvimento. Algumas acções serão mais complicadas de resolver, outras desencadearão alguns problemas, outras, ainda, necessitarão de um estudo mais aprofundado? Não duvido; mas fazendo o projecto globalmente “sentido”, serão sempre questões subsidiárias a necessitar de resolução e, eventualmente, de alteração nos seus detalhes e processos de implementação. Nunca algo que sirva de pretexto para que se mude o essencial.

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