segunda-feira, abril 26, 2010

A selecção nacional de futebol e o Mundial 2010: "mapping"

(clicar na imagem para ampliar)


À semelhança do que efectuei quando do Euro 2008, repito a mesma análise posicionando o grupo de jogadores susceptíveis de serem convocados para o Mundial 2010 em torno de dois eixos definidores dos principais factores (rendimento e experiência) que, em minha opinião, devem estar na base dessa escolha.

Racional:

Considerei que os factores determinantes para a escolha do lote final de 23 jogadores são o seu rendimento, principalmente na época em curso, e a experiência em grandes competições internacionais, com o seu carácter e ambiente muito próprios. Daí ter optado por essas duas vertentes como vectores (eixos) fundamentais que definem o posicionamento de cada jogador. Claro que haverá outras, algumas bem subjectivas outras que têm que ver com modelo e sistema de jogo, mas o que se pretende com este "mapping" é minimizar essa mesma subjectividade (dentro do possível, já se vê) e, simultaneamente, centrar a atenção naquilo que é essencial em última instância. Em termos de rendimento ponderei o facto de ser diferente ter um alto rendimento num grande clube europeu, inserido num campeonato de topo, ou em clube mais “modesto” em competições menos exigentes. No primeiro caso estarão os clubes da chamada 1ª divisão europeia e dos campeonatos inglês e espanhol e no outro clubes como o Benfica e Sporting, talvez com o FCP in between. Para a avaliação contei, para além da minha opinião subjectiva, com as análises dos jogos feitas por jornais e sites portugueses e estrangeiros.Como experiência em grandes competições internacionais, considerei principalmente as últimas fases finais de europeus e mundiais, mas também a Champions League e, em menor grau, a taça UEFA (Liga Europa), para além, embora com bem menor ponderação, da experiência em campeonatos mais exigentes ou até em grandes competições das categorias de formação.Claro que quando posiciono cada jogador em função destes eixos não estou a ser demasiado rigoroso, constituindo esse posicionamento uma aproximação. Poderá haver sempre quem diga que os jogadores A ou B deveriam estar uns milímetros mais acima ou abaixo, para a esquerda ou para a direita, mas isso é irrelevante, neste caso, para a análise que se pretende efectuar.

Posto isto, que concluir?

  1. Existe um grupo de sete jogadores (a verde escuro, situados no quadrante superior direito) que, claramente, acumulam um rendimento positivo esta época e grande experiência neste tipo de competições. Tudo leva pois a crer serão eles a constituir o “núcleo duro” da equipa titular, embora exista a incógnita Pepe.
  2. Mais três jogadores (a verde escuro “matizado”) aparecem um pouco como as alternativas mais viáveis a integrar este grupo: Simão, como uma época um pouco mais cinzenta do que o habitual, Ricardo Carvalho, se estiver em boas condições físicas, e Rolando, com uma época regular mas com menor experiência neste tipo de competições.
  3. Os restantes quatro dos jogadores que integram a metade direita do “mapping” (Moutinho, Tiago, Quim e Hugo Almeida – a verde limão) têm tido uma época que classifico de menos positiva, ou irregular, podendo os situados na metade superior esquerda (bom rendimento mas pouca experiência – a verde mais “vivo”) aparecer como naturais “challengers”.
  4. O “mapping” mostra claramente os principais pontos fracos da selecção: guarda-redes (embora Quim seja melhor posicionado), defesa-esquerdo (os “esquerdinos” estão todos posicionados no lado esquerdo do “mapping”) e ponta de lança. Não existe ninguém nestas posições incluído naquele grupo que classificámos como sendo o “núcleo duro”.
  5. Espero não me ter esquecido de ninguém relevante...

2 comentários:

Anónimo disse...

O Carlos Queiroz já foi informado ?

JC disse...

Em 1º mão, caro anónimo!