quinta-feira, janeiro 07, 2010

Os militantes da pré-modernidade

Não deixo de pensar que existe um traço comum entre os que militantemente se opuseram (e opõem) à ASAE e preferem bolas de Berlim vendidas ao sol de 40º e as colheres de pau impregnadas de germes; entre os que gostam ou se estão “nas tintas” para que os vizinhos aspirem o fumo dos seus cigarros, aqui d’el rey que estão a limitar a minha liberdade de chatear os outros; entre os que se opuseram a uma lei decente da IVG e preferem a clandestinidade dos vãos de escada (desde que não vejam...); entre os que se opõem a um salário mínimo decente e a carrosséis com condições de segurança e "ai os postos de trabalho"; entre os que se opõem a que cada um seja avaliado em função da sua efectiva contribuição para a entidade ou instituição empregadora e acham a meritocracia uma “reles invenção capitalista”; por fim, entre aqueles que querem limitar a igualdade de direitos e as legitimas opções de minorias em nome das suas próprias concepções de vida. Mais do que algum conservadorismo endémico (que também aí existirá), uma visão provinciana, pré-moderna e anti-cosmopolita da vida e do mundo.

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