quarta-feira, maio 20, 2009

Educação sexual nas escolas: existe mesmo necessidade de controvérsia?

Estou muito longe (acho) de poder ser considerado um conservador, não professo qualquer religião e Deus nunca me deu provas da sua existência. Mais ainda, votei favoravelmente a lei da IVG e sou favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tendo dito isto, isto é, tendo claramente demarcado o meu território e pedindo desde já desculpa por qualquer ignorância que, do ponto de vista da pedagogia, se possa depreender das minhas palavras (os meus filhos já deixaram a escola há muito e os netos ainda vão no pré-escolar e de “nuestros hermanos”), alguém me explica da necessidade de um programa específico e autónomo de educação sexual nas escolas? Não seria bem mais simples, e menos (ou nada) susceptível de controvérsia, que o assunto fosse integrado no estudo da reprodução animal (onde também se estudariam as especificidades inerentes ao género humano, claro está) incluído numa cadeira de biologia, ciências naturais, zoologia, ou lá o que quer que fosse, onde, inclusivamente, se poderia - e deveria - falar da contracepção, das doenças sexualmente transmissíveis e dos diversos métodos para evitar a sua propagação? E se deixasse a distribuição gratuita de preservativos para os centros de saúde e tutti quanti, para onde os alunos deveriam ser encaminhados em caso de necessidade?

Esta questão não está a ser apenas agitada para dar um “ar” de “olha, tão modernos e liberais que nós somos!”, a que não corresponde um conteúdo efectivo nem uma resposta eficaz aos problemas que se propõe resolver?

Alguém me responde mesmo?

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