segunda-feira, abril 06, 2009

História(s) da Música Popular (124)

Marianne Faithfull

Jackie DeShannon

Jackie DeShannon - "Come And Stay With Me"

Marianne Faithfull - "Come And Stay With Me"
"Under The Influence" - The original songs of the "British Invasion" (VII)
Não é todos os dias que tenho possibilidades de juntar duas das minhas favoritas num "post", senão mesmo “as” minhas duas favoritas na História da música popular. Motivo pois para rejúbilo, pois claro.

Pois a americana Jackie DeShannon e a baronesa austríaca Marianne Faithfull (terá voltado às origens, depois de muito sexo, drogas e rock n’ roll, ao interpretar Mª Teresa de Áustria no “Marie Antoinette" da menina Coppola) têm várias coisas em comum, para além de serem ambas loiras e (muito) “giras”: têm talento a rodos e também não deixaram escapar as oportunidades que se lhe depararam, escolhendo bem as companhias que interessavam. Jackie andou “de cama” com Presley e Jimmy Page e Marianne, depois de o ter feito com todos os Stones (ela própria o confessa na sua autobiografia), lá acabou, diz ela, por escolher o melhor deles. E o melhor era... Imaginem lá? Quem disse Mick Jagger, acertou!

Pois a influência de Jackie na “British Invasion” não se ficou pelos Searchers (ver "post" anterior) e, enquanto andava “de cama” com Page, terá composto a pedido do "manager" de Faithfull este bem a propósito “Come And Stay With Me”, que aqui, com a colaboração do meu amigo LT, apresento nas duas versões.

No entanto, a colaboração por aqui não se ficou e, tanto quanto uma rápida pesquisa aqui pela minha discoteca me revelou, mais quatro temas (pelo menos) de Jackie mereceram interpretação de Marianne Faithfull: “You Can’t Go Where The Roses Go” e “With You In Mind” (álbum “Love In A Mist”, de 1967 – também em CD), “In My Time Of Sorrow” (de Jackie e Page), juntamente com “Come And Stay With Me” incluído no álbum Marianne Faithfull, de 1965, e “Vanilla O’Lay”, que tenho incluído no álbum “Faithless”, aka “Dreamin’ My Dreams” (1977).

Resta acrescentar que ambas continuam em actividade (musical, entenda-se) e Marianne terá sido mesmo um daqueles raros casos de intérpretes dos anos 60 que evoluíram muito bem para outras formas musicais não se contentando com a má qualidade dos circuitos de nostalgia ou em rentabilizar a exposição pública da decadência.

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