sábado, julho 05, 2008

"Deolinda": mais uma vez não é demais

Deolinda - "Fado Toninho"
Depois dos “pais fundadores” (José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Sérgio Godinho, José Mário Branco e Carlos Paredes), do GAC, de Variações e do “one hit wonder que dá pelo nome de Adiafa com o seu “As Meninas da Ribeira do Sado”, os Deolinda são aquilo que de mais importante surgiu na mediocridade geral da música popular portuguesa. Se António Variações situava (e bem) geográfica e conceptualmente a sua música entre o Minho e Nova Iorque, a dos Deolinda está algures entre Alfama e a Damaia, entre o fado e Brassens, realizando uma síntese quase perfeita entre a cultura tradicional dos bairros populares de Lisboa e a nova realidade suburbana, entre os grandes fadistas populares como Marceneiro e Hermínia, o fado jocoso e a chamada canção de “texto”. Como nunca é demais mostrar e enaltecer o que é bom e inovador, e oportunidades para isso são bem poucas, aqui ficam, mais uma vez, agora que o seu primeiro CD está finalmente à venda.

1 comentário:

Anónimo disse...

este é do "best"!!!

zero preconceito; ao menos isso!!!