sábado, novembro 24, 2007

Aeroportos, ou um "post" simples de uma manhã de sábado

É comum os aeroportos guardarem o nome do local onde foram construídos (mesmo que seja o de uma pequena aldeia), ou então tomarem o nome de alguma personalidade política ou histórica do país onde se situam e, quando isso é possível, muitas vezes de um herói da aviação. É assim com Roissy – Charles de Gaule, Leonardo da Vinci – Fiumicino, NY – JFK, Washington – Foster Dulles, Francisco Sá Carneiro e Santos Dumont. Menos conhecidos serão os casos de La Guardia (NY), assim chamado em honra de um antigo mayor de NY com o mesmo nome, ou de Chigago O’ Hara (ou O’Hare), nome do aviador americano Edward O’ Hare, herói da WWII. Mais prosaicamente, temos os casos da Portela, Barajas, Orly e por aí fora.

Bom... mas a que propósito virá esta quase “lenga-lenga”? Muito simples. Ontem recebo uma mensagem via Skype enviada por um amigo que se encontrava em viagem dizendo que estava no aeroporto António Carlos Jobim. Sabendo que ele se desloca frequentemente pelo interior do Brasil, respondi, passados segundos, manifestando algum espanto (“onde raio fica isso?”), já que tendo eu viajado um par de vezes pelo país não me lembrava de qualquer aeroporto com tal nome, por muito que a música de Jobim me fosse familiar. Bom, talvez fosse um pequeno aeroporto da terra de naturalidade do homem, pensei, pois, sabendo-o “carioca” de vivência, poderia dar-se o caso de ter nascido casualmente em algum lugar ignoto. Mas não, desenganei-me segundos depois: o aeroporto António Carlos Jobim é agora, nem mais nem menos, o nome do “velho” Galeão "carioca"!

Bom, e que importância tem isto? Tem: não que o autor da “Garota de Ipanema” não mereça tal distinção (e muitas outras, claro), mas na próxima vez que me acusarem de politicamente incorrecto por dizer que brasileiro ou é tocador de samba ou futebolista – o que tem tanto de inocente e redutor como as anedotas que contamos dos alentejanos - que muito prezo - os franceses contam dos belgas, os ingleses dos irlandeses, os brasileiros dos portugueses e todos da tradicional – dizem - “forretice” de judeus e escoceses – poderei afirmar melhor a minha inocência. Para que a vingança seja completa, só espero - daqui a muitos anos, claro - ter ainda tempo de ver Congonhas ou Guarulhos, um deles, devidamente crismado de Aeroporto Edson Arantes do Nascimento, já que o homem até jogou no Santos que é ali "paredes meias". Que raio, Congonhas e Guarulhos sempre são nomes bem mais complicados de pronunciar do que Galeão e o genial Pelé será tão ou mais conhecido do que o também genial "Tom" Jobim!!!

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