quarta-feira, julho 18, 2007

História(s) da Música Popular (51)



Neil Sedaka - "Oh, Carol!" (Sedaka - Greenfield)

The Brill building (II)

O “História(s) da Música Popular” serve também para isto: passar em revista o que tenho em casa e por vezes descobrir o que falta, o que julgava ser impossível não ter e o que tenho e achava não tinha. Confuso? Não tanto, pois a memória não dá para tudo e não tenho discos e CD’s em base de dados: estão por temas e ordem alfabética e... viva o velho, que é expressão bem a propósito.

Mas também a que propósito vem todo este arrazoado? Bom, é que sendo feliz proprietário (bem posso dizê-lo) da antologia da Atlantic Records “Atlantic Rhythm and Blues, 1947 – 1974” (sete CD’s) achei impossível não ter as interpretações de LaVern Baker e Clyde McPhatter para as duas composições de maior êxito da dupla Sedaka-Greenfield para a Atlantic, respectivamente “I Waited Too Long” e “Since You’ve Been Gone”. Pois, surpresa, não tenho e teremos que passar sem elas. Talvez até tenha em Vinil o que, para o caso, é mesmo “igual ao litro”. Mas são como as bruxas: existem mesmo!!!

Bom, assim sendo passemos àquele que é, seguramente, o maior êxito da dupla e um dos maiores de sempre do “Brill bulding”: “Oh, Carol!”, segundo rezam as crónicas – e rezam bem – é uma homenagem de Sedaka a Carole King, sua namorada ou coisa no género nos salad days de ambos. Pois Carole bem o merecia, já que não sendo propriamente uma “brasa” não era nada que não merecesse um par de meias solas bem gastas. Mas pronto, azar (?), Sedaka acabou por casar (até hoje) com Leba, de quem tem dois filhos, Dara e Marc, ambos ligados á indústria das cantigas e “ofícios correlativos” (Dara gravou mesmo a duo com o seu pai), e Carole com... Gerry Gofin, parceiro de dezenas e dezenas de composições com origem no Brill building – e Carole também muito bem sucedida como intérprete. O que está bem sempre sempre acaba bem? Às vezes, pois Carole e Gerry acabaram por se divorciar.


“Oh, Carol !” atingiu o #9 em 1959 e teve direito a cover versions em várias línguas, entre as quais o português do Brasil e aqui do rectângulo, neste caso por intermédio dos “Conchas”. Neste último caso, posso desde já dizer que tenho a interpretação em CD, mas com dispositivo de copy control que não permite a sua reprodução. Uns "chatos" estes tipo da indústria! Mas fica o original de Neil Sedaka. Have a nice day!

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