domingo, novembro 05, 2006

Much Ado About Nothing?

Ele vai por aí muito ruído nos "media". É que “ele” foram as atitudes "clownescas", à la Mário Moreno (ou será Jerry Lewis?), do ministro Pinho, tipo “pé no balde e bolo na cara”, “ele” são os alinhamentos favoráveis ao governo dos telejornais do canal público que JPP tomou como causa sua (atenção ao inteligente contraponto da SIC), as confusões ou meias confusões das SCUT cuja adequação aos objectivos que se propõe atingir são discutíveis e deveriam remeter, isso sim, para uma discussão mais estratégica dos conceitos “utilizador/pagador”, hoje em dia transformado em “vaca sagrada”, ou financiamento geral ou local, um secretário de estado adjunto da indústria e inovação (uff...) que tem da política uma vaga ideia, o presidente do Governo regional da Madeira a falar e está tudo dito, os que acham que a reforma do ensino se faz com quem não a quer e, à falta de melhor e por fim, a vida privada do primeiro ministro (si, já os vi no cinema, aqui há uns meses, por sinal a ver o excelente “The Three Burials of Melquíades Estrada). Much ado about nothing? Não direi tal, mas, pelo menos, por relativamente pouca coisa. É que a avaliação deste governo far-se-á, em minha opinião, pelo que for capaz de fazer em cinco áreas fundamentais:

1. Contenção e diminuição estrutural do déficit público de acordo com os compromissos assumidos.
2. Reforma e modernização do Estado e da Administração Pública.
3. Reforma da segurança social que permita a sua sustentação, e a do Estado Social, a prazo.
4. Reforma do ensino que permita reverter a prazo os índices de aproveitamento e abandono escolar.
5. Modernização da sociedade portuguesa nas áreas de “sociedade” (v.g. aborto, droga, protecção de menores e minorias, violência doméstica, casamento de pessoas do mesmo sexo, etc).

Será capaz de o fazer? Estejamos atentos e críticos...

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