domingo, outubro 15, 2006

"Grandes Portugueses" e "Grandes Alemães"

Costumo dizer, em conversas de salão e quando isso vem a propósito, que a “Alemanha se vende muito mal”. Isto porque em Portugal, e penso que não será muito diferente em outros países europeus, quando se fala da Alemanha, o que de imediato nos assalta mente e espírito são o "militarismo" prussiano, e sua expressão prática em Portugal na pessoa do senhor conde de Lipp, e as imagens do nazismo e do horror do holocausto, muito embora nos deliciemos esteticamente com o “Triumph Des Willens” de fraulein Riefenstahl e do seu Reichsparteitag de 1934. Como tenho a Alemanha e os alemães em razoável conta – tanto quanto isso se pode generalizar - contra-ataco de imediato com a música, o expressionismo e a filosofia, a literatura e o romantismo e tudo o mais que na altura me possa ocorrer, desde o mais intelectual, alimento do espírito, ao Riesling e ao Gewürtz, à cerveja e às natas sem açúcar que também destes prazeres se faz a vida. Se estou mais irritado, não desisto de contar as incursões pagãs na Altstadt de uma Düsseldorf muito lembrada ou de evocar memórias do Sr. D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, nosso rei consorte e culto regente. Adiante, que já explico razões deste arrazoado.
É que quando vejo no “Público” a votação na Alemanha daquela coisa idiota - que devia ter qualquer indicação, à laia de classificação ou aviso prévio, a dizer “atenção, nada disto é sério” - concurso ou lá o que é, de eleger os “grandes” de cada país (pensava que os “grandes” eram só os de Espanha), dou por mim com esta lista: em primeiro ficou Konrad Adenauer, seguido de Martinho Lutero. Karl Marx foi terceiro e Willy Brandt o quarto. Sétimo foi Gutenberg e Einstein o décimo. Parece que em Portugal o Senhor D. Afonso Henriques é forte candidato, não é?Meus caros amigos e companheiros de conversa(s): chega ou “querem ir a meças”?

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